Esporte sem barreiras: quando o movimento transforma vidas

A prática de atividades físicas é essencial para o bem-estar de todos, mas ganha ainda mais importância quando falamos de crianças com deficiência, transtornos do desenvolvimento ou síndromes genéticas.

Mais do que o exercício em si, o esporte se torna um espaço de inclusão, aprendizado e transformação, tanto para os pequenos quanto para suas famílias e comunidades.

Através das práticas esportivas, crianças atípicas podem desenvolver habilidades fundamentais, como a socialização, o autocontrole emocional e até a redução de comportamentos agressivos.

Escolinha do DEF/Foto: Evelyn Gomes

Essas conquistas impactam diretamente a qualidade de vida e mostram que o esporte é uma poderosa ferramenta de inclusão.

Na UEPB, um projeto que faz a diferença

Professora Anny Sionara

Na Universidade Estadual da Paraíba, o curso de Educação Física abre as portas para a comunidade por meio do programa de extensão Laboratório Pedagógico: Saúde, Esporte e Lazer (LP-SEL), mais conhecido como Escolinha do DEF.

O programa, coordenado pela professora Anny Sionara, oferece práticas esportivas que acolhem e estimulam crianças com e sem deficiência, reforçando a ideia de que onde há vontade, não há limites.

A professora Anny relembra o início do projeto, nos anos 2000: “trazíamos bolas, trazíamos cones e fazíamos atividade, e eu, sozinha, tentava tirar essas pessoas desse momento de ficar pedindo.”

A proposta começou como um apoio às mães que buscavam ajuda nas proximidades da universidade. Com o tempo, a professora percebeu que também podia acolher as crianças dessas famílias e, mais adiante, integrar esse trabalho às aulas voltadas a crianças com deficiência. Foi o início de uma trajetória desafiadora, mas repleta de aprendizados.

Inclusão em movimento

Ao longo dos anos, o projeto mostrou que, com dedicação e afeto, é possível promover o desenvolvimento de crianças com autismo, síndrome de Down e outras condições que envolvem atrasos cognitivos ou motores. Como destaca Anny, “as crianças desenvolveram-se consideravelmente”.

Escolinha do DEF/Foto: Evelyn Gomes

Essa evolução também favoreceu a convivência natural com crianças típicas, promovendo uma integração verdadeira e significativa.


Produção e reportagem: Maria Teixeira

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